Cinemateca Nacional

Patrimônio audiovisual pode se perder com Cinemateca fechada

Manter a Cinemateca de portas cerradas está colocando em risco todo um patrimônio histórico que deveria estar sendo conservado. A afirmação foi feita no último dia 12 por Débora Butruce durante reunião virtual da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, o fato de a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual nacional estar fechada desde agosto do ano passado é uma tragédia em andamento devido à falta de manutenção do acervo.

“A gente sabe que existem saberes específicos que se perdem a cada mudança tecnológica e esse é um processo que não acaba nunca, como o princípio básico da preservação: nada está preservado, tudo está em processo de preservação”, observou.

O cineasta Cacá Diegues lembrou que a Cinemateca Nacional é uma das melhores do mundo não só pelo acervo nacional, mas pelo acervo da América do Sul. Ele acrescentou que a instituição ajuda a contar a história do Brasil nos últimos 100 anos.

A Cinemateca tem o maior acervo da América do Sul, com 250 mil rolos de filmes e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema como fotos, roteiros, cartazes e livros. O laboratório de restauração da Cinemateca já foi considerado um dos mais modernos do planeta.

No encontro, o secretário nacional do audiovisual, Bruno Cortês, lembrou que vem realizando reuniões semanais com representantes do setor para chegar a uma solução. Segundo ele, a melhor saída seria uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada.

“Não adianta, não basta entrar uma OS [organização social] via chamamento público e ela gerir por tempo indeterminado, como se nós estivéssemos apenas observando o que está acontecendo lá dentro. Não é o caso, a gente não vai observar nada, a gente vai atuar junto o tempo todo”, disse.

Com informações da Agência Câmara de Notícias. Foto Rovena Rosa/Agência Brasil

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