EUA proíbem pesticida usado em lavouras do Brasil e que afeta a saúde das crianças

Um pesticida utilizado em lavouras de alimentos no Brasil foi associado a potenciais efeitos neurológicos em crianças e será proibido nos Estados Unidos. A decisão acaba de ser divulgada pela EPA, a agência de proteção ambiental dos EUA. De acordo com Michael S. Reagan, a principal autoridade agência, “hoje, a EPA está dando um passo atrasado para proteger a saúde pública. Acabar com o uso de clorpirifós nos alimentos ajudará a garantir que as crianças, os trabalhadores agrícolas e todas as pessoas estejam protegidas das consequências potencialmente perigosas desse pesticida”. Esse é a mais nova de uma série de iniciativas do governo Biden para recriar, fortalecer ou restabelecer mais de 100 regulamentações ambientais.

O clorpirifós é um inseticida organofosforado usado em lavouras de soja, árvores frutíferas e nozes, brócolos, couve-flor e outras culturas em linha. Descobriu-se que ele inibe uma enzima, o que leva à neurotoxicidade, e também foi associado a potenciais efeitos neurológicos em crianças.

Desde 2007, uma petição no sentido de sua proibição vinha sendo analisada pelo órgão. No entanto, sob o governo Trump, a agência negou a petição e as objeções subsequentes feitas por uma coalizão de trabalhadores agrícolas, agentes de saúde, meio ambiente e outros grupos. A União Europeia e o Canadá adotaram medidas semelhantes à adotada hoje pela EPA com o objetivo de restringir o uso desse pesticida em alimentos.

No Brasil, o clorpirifós é apresentado sob diversos nomes comerciais e aplicado em culturas de tomate, milho, soja, citros, café, batata, algodão, pastagem, feijão, maçã, trigo, cenoura, amendoim, couve, repolho, sorgo, cevada, entre outras.

Imagem em destaque: Criança colhendo maçã. Bethany Ballantyne/Unsplash.

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