Epidemia de vaporização entre adolescentes começa a ser contida nos EUA

Em acordo com o governo da Carolina do Norte, EUA, assinado na data de hoje, a fabricante de cigarros eletrônicos Juul vai pagar 40 milhões de dólares e adotar uma série de medidas que impeçam o acesso de crianças e adolescentes a essa alternativa ao cigarro comum e que vem viciando pessoas, além de provocar doença que traz sérias lesões orgânicas e pode levar à morte. Esse é um dos 13 processos judiciais movidos por estados norte-americanos contra a empresa. Entre eles estão Califórnia, Massachussetts, Nova York e o Distrito de Colúmbia. Todos alegam basicamente o mesmo: a Juul sabia, ou deveria saber, que estava viciando adolescentes com suas cápsulas (pods) contendo altos níveis de nicotina.

Em sua exposição, Josh Stein, procurador-geral da Carolina do Norte, declarou que “durante anos, a Juul teve como alvo os jovens, incluindo adolescentes, com seu cigarro eletrônico altamente viciante. Isso gerou uma epidemia de vaporização entre nossos filhos, o que pode ser visto em qualquer uma de nossas escolas secundárias”.

Com base no acordo, a empresa não pode anunciar seus produtos perto de escolas nem patrocinar shows e eventos esportivos. Também precisa contratar um sistema independente e idôneo que certifique que os clientes que compram produtos da empresa em seu site (e também no de revendedores) tenham, no mínimo, 21 anos de idade. As lojas físicas terão de manter as cápsulas fora do alcance dos consumidores, atrás de seus balcões, e ter o registro de quem as compra. A Juul também não poderá introduzir novos sabores nem alterar os níveis de nicotina presentes em seus pods sem prévia aprovação da Food and Drog Administration (FDA), órgão norte-americano com atribuições semelhantes à Anvisa brasileira.

O dinheiro do acordo será aplicado em programas contrários ao uso de cigarros eletrônicos e que ajudem quem deseja parar de fumar. Também vai financiar pesquisas sobre as consequências do uso desse tipo de cigarro.

Os produtos da Juul são comercializados no Brasil.

Imagem em destaque – Crédito Volodymir Melnyk/Alamy

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