Vai comprar brinquedos infantis neste Natal? Siga estas orientações

Vai comprar brinquedos infantis neste Natal? Siga estas orientações

Está chegando o Natal e muitas pessoas pensam em comprar brinquedos para seus filhos ou entes queridos. Aqui estão algumas recomendações dadas por especialistas em medicina da Johns Hopkins. São dicas importantes, que ajudarão na escolha de brinquedos seguros, especialmente para crianças pequenas, e que também podem ser úteis para o Brasil. No nosso país, de acordo com o Sistema Inmetro de Acidentes de Consumo (Sinmac), dos 154 relatos registrados em 2020, 125 foram considerados efetivamente acidentes de consumo. Do total, 18,84% envolviam crianças entre 0 e 14 anos. Os produtos infantis foram responsáveis por 31% dos acidentes, incluindo aí não apenas os brinquedos, mas, por exemplo, carrinho de bebê (54%). Brinquedos corresponderam a 7% do total. Por fim, o Sinmac ressalta que o pequeno número de relatos relativamente aos anos anteriores (635 em 2014, 541 em 2015, 312 em 2018) pode ter sido ocasionado “pelo ano atípico vivenciado pela pandemia do Covid-19”. O Sinmac é um sistema aberto no qual qualquer cidadão pode fazer um relato de acidente de consumo, sendo ele vítima ou não. Esses relatos auxiliam o Inmetro a aperfeiçoar a identificação de produtos, insumos e serviços que oferecem risco à saúde e à segurança do consumidor.

Nos Estados Unidos, estima-se que 200 mil ferimentos relacionados a brinquedos foram tratados em departamentos de emergência dos hospitais no ano passado, de acordo com a Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor daquele país. A maioria dos pacientes era de crianças com 4 anos de idade ou menos.

Para evitar ferimentos relacionados a brinquedos, além de – no caso brasileiro – o selo do INMETRO ser um item obrigatório na escolha do item desejado, os especialistas do Johns Hopkins All Children’s Hospital e do Johns Hopkins Children’s Center chamam a atenção para estes pontos:

  • Escolha brinquedos adequados à idade das crianças. Certifique-se de seguir as recomendações de idade do brinquedo, geralmente encontradas na caixa do brinquedo.
  • Não compre brinquedos com peças pequenas para crianças pequenas. Além disso, verifique se há nos brinquedos peças soltas que possam cair. Um testador de peças pequenas – um tubo com o diâmetro da traqueia de uma criança que pode ser comprado em lojas on-line – pode ser usado para determinar se um brinquedo é muito pequeno.
  • Os brinquedos não devem ter arestas ou pontas afiadas, incluindo plástico duro e fino ou metal que possa estar preso a eles.
  • Fios ou cordas com mais de 18 centímetros podem oferecer riscos potenciais de asfixia.
  • Brinquedos com ímãs ou baterias tipo botão não devem ser comprados. Se mais de um ímã for ingerido, os ímãs podem se prender dentro do corpo de uma criança, causando ferimentos graves. As baterias tipo botão também podem causar graves queimaduras internas.
  • Evite comprar brinquedos pintados mais antigos, que podem conter chumbo.
  • Sempre compre equipamentos de segurança ao comprar bicicletas, patinetes, skates e outros brinquedos de equitação que requeiram equilíbrio.

Os especialistas também lembram que é importante observar as crianças, principalmente as mais novas. O dr. Mário Roberto Hirschheimer, pediatra e um dos diretores da Sociedade de Pediatria de São Paulo, tem a mesma preocupação.

“Além de escolher brinquedos que não apresentem perigos, é importante que os pais ou cuidadores observem se as crianças sabem como usá-los e se estão brincando em locais seguros. A melhor maneira é supervisionar as brincadeiras e até mesmo participar delas, aproveitando o momento para interagir com as crianças e a ensiná-las a dividir e respeitar as regras”, salienta.

“Os brinquedos devem ser apropriados à idade, ao interesse e ao nível de habilidade da criança. Um brinquedo que serve para uma criança de mais de oito anos pode ser perigoso para uma que tem três, já que estas têm tendência a colocar pequenas peças na boca e são mais propensas a engolir ou sofrer engasgos e sufocação”, explica ele.

Hirschheimer ressalta que quedas e engasgamentos são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados aos brinquedos. Ele observa que as bexigas, os balões de látex, as bolinhas de gudes, as peças e os objetos pequenos representam risco de engasgamento e sufocação.

Imagem em destaque: Pexels

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