Maio saúda a luta pelos direitos trabalhistas e a Literatura Brasileira
Maio, dia um. Há muitos eventos comemorativos nesta data, em especial o Dia Internacional do Trabalho. Mas, nós, brasileiros, temos algo mais a festejar. Primeiro de maio é o dia em que nasceu José de Alencar, um dos expoentes de nossa literatura. E, por isso mesmo, comemoramos o Dia da Literatura Brasileira, repleta de relevantes nomes e obras de suma importância para entendermos o nosso povo, a nossa cultura e a nossa terra. Pensando na data, destacamos algumas obras que deveriam ser lidas por todos nós e estar na estante de nossa casa.
Iracema, de José de Alencar
Figurinha carimbada no ensino médio, a obra conta uma história de amor entre uma índia e um bandeirante português. O interessante da narrativa é o levantamento de problematizações que ocorrem até hoje, como a questão das etnias.
Primeiros cantos, de Gonçalves Dias
Tido como o primeiro poeta autêntico do movimento romântico no Brasil, Gonçalves Dias influenciou outros grandes nomes da literatura nacional. O autor de “Canção do exílio”, poema que integra a obra Primeiros Cantos, publicada em 1857, é o patrono da cadeira n. 15 da Academia Brasileira de Letras. O maranhense é lembrado principalmente por sua poesia indianista, protagonizada pelos primeiros habitantes e pelas belezas naturais do Brasil.
Dom Casmurro, de Machado de Assis
Quem nunca ouviu falar da história de Bentinho e Capitu? A dúvida da suposta traição é debate até hoje. Por meio de uma narrativa envolvente e complexa, a obra de Machado de Assis é obrigatória para quem é apaixonado pela literatura brasileira.
A hora de estrela, de Clarice Lispector
Um romance envolvente que oferece uma boa reflexão sobre a morte, o amor e a desigualdade social. A narrativa é contada por um homem chamado Rodrigo S.M.
Grande sertão veredas, de João Guimarães Rosa
Uma obra corrida, sem divisão entre os capítulos, mas com um enredo de tirar o fôlego. O livro trata de temas humanos universais e mistura a realidade com a imaginação, por meio da história narrada do jagunço Riobaldo, no sertão de Minas Gerais.
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade
Esse livro de poemas proporciona uma série de reflexões de uma pessoa em relação às suas memórias, do nascimento em um espaço humilde até o crescimento, a vida adulta, no meio urbano.
Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto
A obra, escrita em forma de poema, conta a história de Severino, um sertanejo nordestino, que sai da pobre e seca cidade onde mora para procurar uma vida melhor.
Capitães de areia, de Jorge Amado
O livro é um tapa na cara da sociedade, onde conta a vida de crianças de rua que, infelizmente, cometem diversos crimes para sobreviver. Em partes da obra são abordadas cenas pesadas que envolvem sexo, bebidas e jogos de azar.
Vidas secas, de Graciliano Ramos
Vidas Secas é um dos principais clássicos do país, pois é o retrato do que alguns nordestinos de faixa de renda miserável enfrentam durante a seca. Com palavras duras, contradições e cenários tristes, Graciliano Ramos deixa a obra ainda mais reflexiva para os leitores.
Essa gente, de Chico Buarque
Compositor, cantor e ficcionista, conquistou o prêmio Camões de Literatura 2019 pelo conjunto se sua obra. Além das peças Roda Viva (1968), Calabar, escrita em parceria com Ruy Guerra (1973), Gota d’Água, com Paulo Pontes (1975), e Ópera do Malandro (1979), publicou a novela Fazenda Modelo (1974) e os romances Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite Derramado (2009) e O Irmão Alemão (2014). Seu último livro, Essa Gente, trata de um escritor decadente que passa por um deserto criativo e emocional enquanto o Rio de Janeiro colapsa ao seu redor.
Algumas informações foram extraídas do texto “Tem Machado de Assis, sim! Veja os clássicos da literatura brasileira”, escrito por Alex Akira e publicado em https://www.metropoles.com/vitrine-m/tem-machado-de-assis-sim-veja-os-classicos-da-literatura-brasileira.