Vacinas não causam autismo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que o autismo afete uma em cada 160 crianças no mundo. A condição chamada de transtorno do espectro autista geralmente tem início na infância e persiste durante a adolescência e vida adulta.
A agência da ONU diz que várias pesquisas científicas sugerem a existência de muitos fatores que podem deixar a criança mais propensa ao autismo, incluindo questões ambientais e genéticas.
Vacinas
Mas a OMS cita dados epidemiológicos concluindo que não há qualquer prova ligando o transtorno do espectro autista às vacinas contra sarampo, caxumba ou rubéola.
Estudos publicados anteriormente sugerindo essa conexão tinham falhas metodológicas e foram desacreditados.
A organização diz ainda que não há prova indicando que qualquer vacina dada às crianças durante sua infância pode aumentar o risco dela ter autismo.
Os especialistas explicam que algumas pessoas com a condição neurológica podem ter uma vida independente e produtiva, mas outras sofrem de uma deficiência severa que exige cuidados por toda a vida.
Segundo a OMS, as pessoas com autismo sofrem com o estigma, discriminação e violações dos direitos humanos. Em todo o mundo, a agência da ONU diz que o acesso desse grupo a serviço e apoio é inadequado, muito aquém do necessário.
Inclusão escolar
Neste mês de abril, a escritora carioca Celina Bezerra pretende lançar seu mais novo livro “Charles – a estrela autista”, que narra a história da estrela que vive uma saga em busca de aceitação. “As crianças vão observar as características do personagem e relacioná-las àquele colega que eles têm na sala de aula ou na família com o mesmo perfil de comportamento. E as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estarão ali representadas”, pontua.
Ao se dedicar à literatura inclusiva, Celina busca passar a mensagem de “olhar para as pessoas com deficiência pelas suas potencialidades e não pela limitação. Uma pessoa tem várias outras potencialidades, não se deve anular uma pessoa porque ela tem uma limitação”, defende.
“As escolas não devem dificultar a matrícula. É uma oportunidade para outras crianças aprenderem com aquele comportamento diferente. A escola traz oportunidade da criança que não tem autismo conhecer o que é, saber como é o comportamento de quem tem, aprender como colaborar com ela, e a criança com autismo também aprende, dentro dos seus limites, a conviver com os colegas e na sociedade”, argumenta.
Nesse sentido, Celina ressalta que fazer roda de conversa com as crianças e contar histórias de personagens com deficiência é uma atividade importante para promover a inclusão. “Alguns professores ficam receosos sem saber como lidar com crianças especiais na turma. Na minha opinião, os professores deveriam ser orientados pelas escolas sobre como receber essas crianças. Acredito que a literatura infantil pode ajudar na inclusão”, defende ela.
Celina também escreveu livros que tratam de albinismo e de Síndrome de Down, além de poemas, crônicas e contos publicados em várias antologias e coletâneas.
Com informações da Agência Educa Mais Brasil
Foto: UNICEF