Um livro para ser lido agora!
Lançado pela Fiocruz em coedição com a Editora Expressão Popular, o livro Dossiê ABRASCO é uma obra de leitura obrigatória e atualíssima, que aborda com rigor científico os possíveis males à saúde humana provocados pela pulverização de agrotóxicos nas lavouras ou pelo uso de produtos tóxicos em nossos lares. Reproduzimos aqui um pequeno trecho envolvendo a relação entre o altíssimo índice de suicídios praticados por índios Guarani-Kaiowá e a aplicação de agrotóxicos em plantações da região de Dourados.
“A região de Dourados, a maior produtora de algodão de Mato Grosso do Sul, é caracterizada por grandes propriedades em que predomina a pulverização de agrotóxicos por tratores e aviões agrícolas. Estudos demonstraram que nessa região a incidência de suicídios é maior do que em todas as outras regiões do estado, com exceção da capital.
“O suicídio entre os indígenas é discutido há vários anos, sendo inclusive considerado um problema de saúde pública. Em 2008, o índice de suicídio entre os Guarani-Kaiowá chegou a 87, 97 por 100 mil habitantes, muito acima da média nacional que foi de 4,7 por 100 mil habitantes, conforme relatório do Ministério da Saúde. Na reserva de Dourados, o índice de homicídios é 495% maior do que a média brasileira, segundo relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
(…)
“Estudos correlacionam a exposição aos inseticidas com sintomas de depressão e a identificam como fator prevalente nas tentativas de suicídios; mostram que a incidência de suicídios entre os trabalhadores rurais que aplicam agrotóxicos nas lavouras ou moram perto dessas plantações (soja, milho, algodão, tabaco e hortaliças) é maior que entre os moradores urbanos ou aqueles que moram longe dessas lavouras.”
Dossiê Abrasco, pp 215 – 216.
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