TJSP dá oportunidade de estudo gratuito a mulheres vítimas de violência doméstica
Mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que passaram pela Justiça paulista e que ainda não concluíram o ensino fundamental ou o ensino médio terão a oportunidade de obter seus diplomas de forma gratuita via Ensino à Distância (EAD). O Tribunal de Justiça de São Paulo e a Associação Educacional Nove de Julho formalizaram acordo nesse sentido ontem, 29 de junho. Pelo acordo, a associação, mantenedora da Universidade e do Colégio Nove de Julho, concede 20 mil bolsas de estudo integrais nos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Ensino Fundamental II (anos finais) e Ensino Médio. A cooperação também beneficia ascendentes e descendentes dessas mulheres, além de incluir servidores, funcionários e prestadores de serviço do TJSP, seus respectivos cônjuges, ascendentes e descendentes.
A modalidade EJA é destinada àqueles que não tiveram acesso ou não tiveram condições de continuar seus estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria (art. 37 da Lei nº 9.394/96) e possibilita sua conclusão na metade do tempo regular, aproveitando-se os estudos anteriores regularmente comprovados pelo interessado.
Para garantir o acesso dos alunos às aulas com conexão estável, a Associação Educacional Nove de Julho vai disponibilizar para cada bolsista, gratuitamente, um chip de plano de dados de internet com 10 GB. As bolsas serão concedidas aos jovens e adultos indicados pela Presidência do TJSP. Para o 2º semestre deste ano, com início das aulas em agosto, serão disponibilizadas, tão somente, vagas do curso EJA – Ensino Médio para maiores de 18 anos que demonstrarem haver concluído, no Estado de São Paulo, o Ensino Fundamental ou as séries já cursadas, para aproveitamento, do Ensino Médio. Após as indicações feitas pelo TJSP, as matrículas estarão abertas de 6 a 30 de julho, no campus Vergueiro da Uninove.
A celebração foi realizada em reunião virtual em que estiveram presentes o presidente do TJSP, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; a coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comesp), desembargadora Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida; os juízes assessores da Presidência Rodrigo Nogueira, João Baptista Galhardo Júnior e Fernando Antonio Tasso; o juiz e diretor acadêmico dos cursos de direito da Uninove Rodrigo Capez; os reitores da Uninove Eduardo Storópoli e Maria Cristina Barbosa Storópoli; e a professora Cinthya Duran.
Em seu agradecimento à associação, a desembargadora Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida destacou o trabalho fundamental da instituição à causa da Comesp. “É um fato histórico. Nunca houve um projeto dessa magnitude e eu fico muito agradecida. Espero que essa parceria continue e que nós possamos fazer muitas coisas juntos, sempre voltadas ao interesse das pessoas que estão precisando e querem evoluir e crescer”.
Imagem em destaque: Crédito Green Chameleon on Unsplash