Meteoro cruza o céu de Cuiabá na madrugada da sexta-feira

Meteoro cruza o céu de Cuiabá na madrugada da sexta-feira

Um meteoro mais brilhante que a lua cheia iluminou o céu da região entre Cuiabá e São José dos Quatro Marcos, no estado do Mato Grosso, na madrugada da última sexta-feira (22). Flagrado por câmeras da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), e do Clima ao Vivo, o “superbólido”, assim chamado por seu brilho intenso, foi visto às 2h22, horário de Brasília. Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia e colunista do Olhar Digital, o meteoro seguiu uma trajetória de oeste para leste, e explodiu a cerca de 38 km de altura ao norte de Cáceres (MT). “Ao que tudo indica, pela intensidade do fenômeno, existe a possibilidade de ele ter deixado alguns meteoritos em solo”.

“Algumas imagens mostram indícios de fragmentação”, afirma Zurita. Porém, segundo ele, ainda não é possível afirmar isso com exatidão, pois a análise de massa, que vai determinar se todo o material do meteoro foi consumido na passagem atmosférica ou se alguma coisa resistiu à explosão, ainda não foi feita.

Apesar da proximidade da chuva de meteoros dos Orionidas, o bólido não tem qualquer relação com ela. De acordo com Zurita, “ele foi classificado previamente como esporádico, ou seja, que não pertence a nenhuma chuva de meteoros”.

Meteoro ou meteorito, qual a diferença?

Meteoro é o nome dado ao fenômeno luminoso visto no céu quando um pedaço de rocha espacial, como um pequeno asteroide ou um fragmento de um cometa, se incendeia ao passar por nossa atmosfera. Quando o brilho gerado é especialmente intenso, superando o do planeta Vênus, ele é chamado de “fireball” (bola de fogo) ou “bólido”.

A maioria das rochas que produzem meteoros é completamente desintegrada na passagem pela atmosfera. Mas, eventualmente, fragmentos de uma rocha maior ou de composição mais resistente podem chegar à Terra.São os chamados meteoritos. Eles são uma importante fonte de pesquisa científica, pois nos trazem fragmentos de asteroides, de cometas e, em alguns casos raros, até pedaços de outros planetas ou da Lua.

Fonte: Olhar Digital, Imagem em destaque: Clima ao Vivoi

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