Conheça os cinco golpes mais aplicados na internet atualmente e saiba como escapar deles
Segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), somente no primeiro semestre de 2021, os golpes de engenharia social aumentaram 165% no Brasil, em comparação com o segundo semestre de 2020. Já a análise da empresa de insight de dados, TransUnion, constatou que 17,46% de todas as transações globais de comércio eletrônico entre os dias 25 e 29 de novembro de 2021 foram potencialmente fraudulentas.
Fernando Santos, especialista em proteção de dados da Certsys, empresa voltada para a inovação e a transformação digital, explica que a engenharia social é usada para aplicar golpes nos espaços virtuais, como redes sociais, e-commerces e aplicativos de conversa. “São ameaças criadas para enganar as pessoas. Uma das práticas é obter informações e dados sigilosos do usuário por meio de anúncios e ferramentas atrativas, elaboradas única e exclusivamente para chamar a atenção e ganhar a confiança do usuário”, completa ele.
Santos esclarece que “os golpes são desenvolvidos por civis, gente que está no nosso cotidiano. Não existe mais aquela imagem de hacker atrás de uma máscara. Por isso, sempre analise as mensagens recebidas por e-mail, pelo WhatsApp ou via redes sociais; confira a grafia correta dos links antes de clicar; e abra anexos só com a total certeza de sua segurança. Em terreno digital, desconfie de tudo e todos sempre e evite colocar muitas informações pessoais e que facilitem sua localização física”.
A seguir, conheça os golpes mais praticados e as dicas indicadas por Santos para navegar na internet com maior segurança:
Golpe do automóvel
Usando as principais plataformas de venda de automóvel, vendedores mal-intencionados divulgam veículos com valor de mercado abaixo da tabela FIPE para atrair a atenção de compradores. Quando há o interesse em adquirir o carro, o golpista informa que está enviando um código de confirmação da plataforma, entretanto este código normalmente é utilizado para realizar a troca do acesso à conta de WhatsApp ou Instagram da vítima, desta forma o golpista passa a ter acesso a estas ferramentas.
Clone fake no WhatsApp
Um dos meios de comunicação mais populares da atualidade, o WhatsApp, é usado por diversos golpistas para espalhar vírus e convencer vítimas a fazerem depósitos bancários. Os perfis usados são idênticos aos do dono da conta, com direito a mesma foto e mesmo fundo de tela, porém com uma exceção: o número de telefone usado é outro. Para justificar essa mudança numérica, os criminosos dão desculpas para não falar por meio de mensagens de áudio ou de ligações via vídeo.
Phishings
Pescar o internauta por meio de ofertas chamativas para que ele clique em um link malicioso. Essa é a meta principal do golpe phishing. De cópias idênticas de sites oficiais de grandes marcas a perfis falsos de empresas em redes sociais, tudo é pensando para captar dados pessoais ou bancários do consumidor da maneira mais tentadora possível. A principal característica deste tipo de golpe reside na atratividade, em encher os olhos da vítima.
Fique atento às novidades como critpos e o metaverso
Tendência quente para 2022, o metaverso promete elevar as experiências na internet com realidade virtual e aumentada, permitindo, basicamente, que as pessoas interajam entre si por meio de avatares 3D. Com isso, abrem-se também os perigos iminentes nesta tecnologia. Uma das vulnerabilidades envolve a compra de ativos digitais e espaços, normalmente através do uso de criptomoedas. A compra de qualquer ativo digital ou moeda digital deve ser sempre realizada com bastante cautela e conhecimento, buscando corretoras confiáveis. Um dos exemplos é o recente caso do Faraó dos Bitcoins, suspeito de chefiar um esquema ilegal de pirâmide financeira com moedas digitais.
Os perigos do TikTok e outras redes sociais
Às vezes, aquela simples postagem para entreter o usuário ou incrementar o feed esconde mais vulnerabilidades do que se imagina. Evite publicar vídeos em locais que você está naquele exato momento, que mostrem em detalhes ambientes da casa ou ressaltem objetos de grande valor agregado, como carros, televisores e relógios, por exemplo. O mesmo ponto de atenção vale para os posts no Instagram e Facebook, principalmente, nos stories, com marcações dos locais frequentado pelo usuário. Se você não resiste a um like e quer postar, publique depois, quando estiver em casa ou longe do local visitado horas antes. Bom tom, neste caso, assegura a proteção de todos.
“Evite o excesso de informações nos diversos ambientes da internet. Na maioria das vezes, os golpes de engenharia social são desenvolvidos por civis, gente que está no nosso cotidiano. Não existe mais aquela imagem de hacker atrás de uma máscara. Por isso, sempre analise as mensagens recebidas por e-mail, pelo WhatsApp ou via redes sociais; confira a grafia correta dos links antes de clicar; e abra anexos só com a total certeza de sua segurança. Em terreno digital, desconfie de tudo e todos sempre”, finaliza Fernando Santos.
Imagem em destaque: Pexels.