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O Reformatório Nickel e Sontag: Vida e Obra estão entre os ganhadores do Pulitzer 2020

No dia 3 de maio, foram divulgados nos Estados Unidos da América os ganhadores do Prêmio Pulitzer 2020 para livros. A láurea é outorgada a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical. É administrado pela Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque.

Na categoria Ficção, venceu The Nickel Boys (publicado entre nós, pela Harpercollins, como O Reformatório Nickel), de Colson Whitehead. Neste livro, o autor transforma em ficção a história de uma escola da Flórida onde dezenas de meninos negros foram torturados e enterrados em um cemitério secreto. “O único objetivo de Whitehead era lançar uma luz implacável sobre um capítulo redigido de terrorismo racial na crônica americana, que seria uma conquista suficiente”, escreveram os jurados. Mas Whitehead “aplica toda a sua maestria em contar histórias não apenas para trazer à luz um passado grave, mas também para examinar o processo pelo qual os norte-americanos minam, distorcem, escondem ou ‘apagam’ as histórias que ele é levado a contar”.

O livro Sweet Taste of Liberty: A True Story of Slavery and Restitution in America (O Doce Sabor da Liberdade. Uma verdadeira história de escravidão e restituição da liberdade na América, em tradução livre), vencedor na categoria História, explora reparações através da história de uma mulher do século 19 que processou seu sequestrador após sobreviver ao sequestro e a sua re-escravização. Sua história, segundo um articulista do The Times, “oferece lições para os dias de hoje sobre o impacto que o restabelecimento da liberdade pode causar”.

Sontag: Her Life and Work levou o Prêmio Pulitzer de Não Ficção 2020 na categoria Biografia. Obra escrita a partir de uma pesquisa que durou quase dez anos, Benjamin Moser, seu autor, explora a angústia e as inseguranças por trás da formidável persona pública de Susan Sontag e mostra suas tentativas de responder às crueldades e aos absurdos de um país que tomava um rumo equivocado, com a convicção de que a fidelidade à alta cultura era um ativismo em si. Com centenas de entrevistas e quase cem imagens, a obra, publicada em 2019 no Brasil sob o título Sontag. Vida e Obra, pela Companhia das Letras, é o primeiro livro que tem como fontes os arquivos privados da escritora, além do depoimento de várias pessoas que, por muito tempo, não se manifestaram sobre Susan.

The Tradition (A Tradição), de Jericho Brown, foi a obra vitoriosa na categoria Poesia. “Brown cria poesia que é um catálogo de lesões passadas e presentes, pessoais e nacionais, em um país onde a negritude, principalmente a masculina, é semelhante à doença”, salienta o júri. “Brown traz um senso de jogo semântico à escuridão, saltando entre diferentes conotações de palavras para criar um discurso duplo racial”.

The end of the Myth (O Fim do Mito), de Greg Grandlin, que também foi finalista na categoria História, e The Undying (Os Imortais), de Anne Boyer, dividiram o prêmio na categoria Não ficção Geral.

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