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Há 152 anos era publicada a primeira história em quadrinhos no Brasil

Hoje, 30 de janeiro, comemora-se o Dia do Quadrinho Nacional. Para que o quadrinho nacional tivesse um dia, foi necessário um movimento, na década de 80, que uniu quadrinhistas como Henfil, Laerte, Paulo e Chico Caruso, como explica Worney Almeida, da Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo. A data não faz parte do calendário oficial de efemérides, mas é reconhecida. O grupo foi contrário à ideia da editora Ebal, que, em 1983, queria que a data fosse aquela em que começou a ser publicado o suplemento juvenil no Brasil, em 1934.

“O pessoal que trabalhava com quadrinho na época achou injusto, já que o suplemento foi responsável pela avalanche de publicações estrangeiras no país. Nós procuramos uma data que homenageasse o quadrinho nacional e escolhemos aquela em que, em 1869, foi publicado o primeiro quadrinho com personagem fixo e de continuidade. No caso, As aventuras de Nhô Quim ou as Impressões de uma Viagem à Corte”, pelo italiano naturalizado brasileiro Ângelo Agostini.”

Para o quadrinhista Alex Leal, atualmente não existe uma cultura nacional forte de quadrinhos, embora o país tenha grandes nomes. Para ele, o grande personagem de quadrinhos nacional é o Amigo da Onça, de Pericles Maranhão, publicado durante 30 anos. Ele cita também Carlos Zéfiro, responsável pelos quadrinhos eróticos, e que influenciou toda uma geração. Alex acredita que no Brasil não se conseguiu criar uma cultura forte nessa área. Ele lembra os Mangás, de origem japonesa e que já influenciam quadrinhistas brasileiros.

Worney Almeida acredita que o futuro do quadrinho nacional está em pessoas que se profissionalizarão também na arte gráfica em geral e que vão continuar publicando suas revistas alternativas. “A gente não vê muita perspectiva na distribuição de revistas de grande tiragem e de grandes editoras. A quantidade de revistas deve diminuir nas bancas de jornais ou livrarias, mas deve persistir esse mercado alternativo [internet] que é também de experimentação, onde há muita ficção, quadrinhos policial e até de faroeste”.

Premiação

Vai até amanhã, 31 de janeiro, a votação para a escolha das melhores histórias em quadrinhos lançadas no Brasil em 2019, dentro do 36º Troféu Ângelo Agostini, premiação encabeçada pela Associação de Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo. A votação está aberta a qualquer pessoa interessada na valorização da produção nacional de história em quadrinhos, sejam profissionais de história em quadrinhos, jornalistas, colecionadores, leitores e todos. De qualquer estado Brasileiro ou residente em outros países e pode ser feita clicando aqui.

Com informações da Agência Brasil

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