Dia do Pedagogo: alunos pós pandemia exigem novas formas de ensinar
Instituído em 2015, o Dia do Pedagogo, comemorado em 20 de maio, tem como objetivo reconhecer e valorizar o profissional da pedagogia, fundamental para a educação no país. São eles que planejam, executam e coordenam diversas tarefas na área da educação, refletindo sobre o que ensinar e de que maneira. Deste modo, o pedagogo contribui para a difusão de um ensino de qualidade, formação profissional e humana.
Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, pedagogo é o indivíduo que ensina; educador, mestre, ou ainda a pessoa que tem a prática de ensinar. A palavra tem origem grega, paidag?gós, como aquele que conduz ou tutora a criança. Além da sala de aula, o profissional da pedagogia pode atuar como orientador, administrador escolar, consultor educacional, entre outros cargos em instituições como orfanatos, ONGS, hospitais, clínicas de psicologia e instituições de ensino à distância.
Neste ano, a data reacende um alerta sobre a importância dessa profissão que tanto se adaptou durante e pós-pandemia. Após quase dois anos de aulas à distância, os estudantes finalmente retomaram sua rotina escolar presencial. A mudança pode ser um alívio para alguns alunos e professores, mas o isolamento social também deixou sequelas emocionais, comportamentais e educacionais.
O início da pandemia e a adaptação ao on-line marcou a vida de pedagogos e professores. As aulas tiveram que ser completamente reinventadas e o apoio dos pais foi indispensável. “Lembro que quando soube que ficaria responsável pela fase de alfabetização dos pequenos, a primeira coisa que pensei foi: como eu ia ensinar alunos dessa idade pelo computador?”, relembra Vanicleide Barbosa dos Santos, professora do Colégio Adventista de Santo André.
Com a volta às aulas presenciais, Vanicleide conta que as dificuldades agora são outras. Com uma turma de alunos de até 5 anos, muitos ainda não conhecem a realidade da escola e exigem uma atenção ainda maior. Essa adaptação rendeu mudanças até mesmo no formato das aulas que precisaram ficar mais atrativas e tecnológicas para chamar a atenção dos alunos. “Hoje, precisamos apostar em aplicativos e atividades que estejam ligados à realidade que eles conheceram durante a pandemia. Tudo isso unido ao conteúdo regular com revisão dos anos anteriores”, comenta. Essa foi apenas uma das novas estratégias que surgiram após o período de isolamento.
Para os alunos do ensino fundamental as adversidades são outras. Além da adaptação de voltar à rotina escolar, muitos ainda enfrentam dificuldades em se reconectar com os amigos e voltar às interações sociais. “Cada um chega com uma bagagem de sentimentos que foi construída durante o período em casa. Relações com a família, perdas e frustrações que hoje se refletem nas relações e no ensino”, destaca a professora Katia de Assis, que leciona em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Atualmente, a pedagoga está à frente de uma turma com idade entre 10 e 11 anos.
Essas atribuições socioemocionais ficam cada vez mais visíveis em comportamentos e dificuldades de aprendizagem, exigindo uma maior adaptação dos professores que são a janela dos alunos. “Quando observamos a recorrência de certos comportamentos, entendemos que, para esse retorno efetivo às aulas, foi preciso desenvolver atividades diferenciadas que avaliaram esses sentimentos”, comenta Marizane Piergentille, diretora de educação das unidades do ABCDM da mesma rede de ensino.
“A comunicação ativa entre família e colégio é a chave principal para ajudar os estudantes a encararem este momento. O acolhimento é fundamental para que os alunos de todas as idades se sintam seguros no processo de aprendizagem”, finaliza Marizane.
Imagem em destaque: Divulgação
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